IMUNODEFICIÊNCIA
É a falha do sistema imune em proteger contra doenças ou malignidade. As imunodeficiências podem ser classificadas em dois grupos: Primárias ou Congênitas x Secundárias ou Adquiridas.
▪ Imunodeficiências Primárias
O corpo humano possui um sistema complexo de defesa contra invasores, como vírus, bactérias e fungos. Trata-se do sistema imunológico que entra em ação tão logo uma invasão – infecção – é detectada. Entre as pessoas que têm Imunodeficiências Primárias (IDPs), o sistema imunológico não funciona bem, ou não funciona, deixando o corpo sem defesa contra tais invasores. Por isso é comum que, até o diagnóstico preciso do problema, o paciente sofra com a incidência e a reincidência de diferentes infecções, tais como pneumonia, otite, estomatite ou dermatite. As IDPs formam um grupo grande de doenças que diferem de acordo com o tipo de defeito no sistema imunológico. Já foram relatadas cerca de 170 doenças de imunodeficiência diferentes. Todas são genéticas e hereditárias, ou seja, a pessoa já nasce com o problema.
As primeiras manifestações costumam ocorrer na infância, muitas vezes já nos primeiros meses de vida, mas há IDPs que só vão aparecer em adolescentes e adultos. Embora não tenha cura e muitas de suas formas sejam consideradas graves, as IDPs podem ser controladas. O diagnóstico precoce por um alergista facilita o tratamento e amplia as chances de o paciente levar uma vida próxima do normal. Muitas das doenças de Imunodeficiência Primária (IDPs) podem ser confirmadas por meio de exames de sangue laboratoriais. A contagem das imunoglobulinas e a avaliação dos anticorpos também devem ser levadas em conta pelo médico responsável. Mas é fundamental que os pais e os pediatras fiquem atentos a alguns indícios que podem facilitar o diagnóstico. São eles:
– Menor defesa contra infecções
– Ocorrência de infecções frequentes ou graves
– Histórico familiar para casos semelhantes ou parentesco entre os pais
Adultos também devem ficar atentos, lembrando que as IDPs podem se manifestar tardiamente. Quanto mais rápido ocorrer o diagnóstico, em especial entre as crianças, maiores serão as chances de levar uma vida normal ou próxima do normal. Infelizmente, muitas vezes a IDP só é diagnosticada após muitos anos de seguidas infecções (a média é de sete anos), o que pode provocar sequelas graves ou mesmo levar o paciente à morte.
▪ Imunodeficiências secundárias
As imunodeficiências secundárias são de longe mais comuns que as imunodeficiências primárias. As imunodeficiências secundárias não são de base genética e têm, na maioria das vezes, um fator identificável, como vírus, bactérias, drogas, doenças metabólicas ou condições ambientais. A imunodeficiência secundária mais bem estudada é a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), doença causada pelo vírus HIV, de alta mortalidade, mas que responde aos tratamentos antivirais hoje disponíveis.